Confira as novidades da premiação

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      << Prémio Cidades Educadoras para boas práticas de inclusão e democratização da cultura

      Editorial

      A cultura é a expressão da criatividade humana e configura a identidade coletiva dos povos através de um processo dinâmico de relação com o mundo. O papel da cultura é tão importante no desenvolvimento dos indivíduos e das comunidades, que os direitos culturais são uma parte inseparável dos direitos humanos.

      Conscientes dessa realidade, as Cidades Educadoras contribuem de forma notável para garantir e promover os direitos culturais dos seus habitantes, tal como estabelecido na nova Carta das Cidades Educadoras. Através das suas políticas, implementam iniciativas destinadas a corrigir desigualdades no acesso e fruição de oportunidades culturais e educativas; promovem as artes como meio de inclusão social e educacional; encorajam a criatividade e inovação cultural como vetores de desenvolvimento pessoal e socioeconómico e fomentam o papel ativo dos cidadãos no planeamento e gestão da oferta cultural. Por sua vez, as Cidades Educadoras disponibilizam esforços e recursos na formação de profissionais das várias expressões culturais e desempenham um papel fundamental na preservação e promoção do património cultural material e imaterial e na proteção da diversidade cultural.

      Para tornar este trabalho visível, a terceira edição do Prémio Cidades Educadoras 2020 foi convocada sob o lema “Inclusão e Democratização da Cultura”, recebendo um total de 58 candidaturas de 50 cidades (de 13 países e 4 continentes). Um júri internacional selecionou as 3 experiências vencedoras e os 7 finalistas após um processo deliberativo no qual fez questão de frisar a excelente qualidade de todas as propostas.

      As 3 experiências vencedoras desta edição são:

      • Aqui vive a cultura: Rede CATUL (Medellín, Colômbia): Articulação entre os diferentes serviços e instalações culturais e os seus protagonistas com o objetivo de apoiar as dinâmicas culturais locais e incentivar o trabalho colaborativo.
      • Programa educativo para a inclusão e valorização da diversidade étnica e cultural (Santos, Brasil): Educação antirracista para tornar visível o contributo da civilização africana e da sua diáspora, dos povos indígenas e das comunidades de migrantes e refugiados na sociedade brasileira.
      • No coração da minha infância (Torres Vedras, Portugal): Promoção de relações intergeracionais para gerar espaços de encontro para crianças, jovens e idosos de comunidades rurais, através de atividades que ligam a memória, a vida e a arte.

      Quer nas iniciativas premiadas, quer nos finalistas, destaca-se o poder transformador do binómio cultura e educação. Esperemos que a sua divulgação encoraje outros governos locais a reforçar os vínculos entre as suas políticas culturais e educativas, continuando a explorar o seu potencial para criar cidades e vilas mais inclusivas, criativas e orgulhosas da sua diversidade.