Gestores de programas que promovem a cidadania em cidades do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Amazonas estiveram reunidos em Vitória para o VII Encontro Brasileiro de Cidades Educadoras.

No segundo dia do evento, que aconteceu na Escola Técnica e Formação Profissional de Saúde de Vitória (Etsus), na Ilha de Santa Maria, os participantes da Rede Brasileira de Cidades Educadoras (Rebrace) falaram sobre a construção da identidade educadora, que deve ser feita de forma compartilhada, bem como suas obrigações como gestores públicos para promover o conceito na sociedade.

Para a coordenadora das Cidades Educadoras Latino-Americanas, a argentina Laura Alfonso, as cidades, em geral, podem ser agentes educadores de práticas cidadãs, pois elas têm uma multiplicidade de atores capazes de levar informação para a população.

«Todas as cidades são fontes de educação e cidadania. Em qualquer momento da vida, podemos aprender e melhorar e, assim, devem ser pensadas as cidades educadoras: ações a longo prazo que englobam toda a população», explicou Laura.

Laura Alfonso destacou que todas as cidades são fontes de educação e cidadania e devem desenvolver ações que englobam toda a população

(Foto: Leonardo Silveira)

Gestão compartilhada

Para isso, segundo Laura Alfonso, é preciso que as gestões municipais tomem consciência disso, trabalhem e mostrem os resultados à população.

«Esses projetos têm de ser compartilhados, feitos em conjunto com todas as secretarias, para desenvolver as melhores ações. Os projetos em conjunto são muito mais potentes e têm mais resultados. Cada um tem de melhorar individualmente para poder trabalhar em prol da coletividade, promovendo grupos de trabalho para discutir e melhorar sempre», pontuou Laura.

Grupo discute propostas para disseminar as propostas e ideias de cidade educadora (Foto: Leonardo Silveira)

Consciência

Vitória é a sede nacional da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), que trabalha para que a educação seja o eixo transversal de todas as políticas locais, tomando consciência e reforçando o potencial educador das atuações e programas de saúde, meio ambiente, urbanismo, mobilidade, cultura e desporto.

No período de três anos, a contar de 2017, a capital irá organizar reuniões, conduzir trabalhos e expandir o número de cidades participantes. São cerca de 500 cidades no mundo ligadas à entidade. No Brasil, são apenas 14 cidades e, no Espírito Santo, apenas Vitória é uma cidade educadora, desde 2013.

Publicada em 04/04/2018, às 16h58

Por Melissa Künsch (mwkunsch@vitoria.es.gov.br) | Com edição de Matheus Thebaldi Acesse aqui!